domingo, 6 de setembro de 2020

Silêncio

Tu olhas no espelho

Como quem reconhece a imagem que vê,

mas ao mesmo tempo renega o próprio reflexo,


E vive cultivando memórias,

Que lhe fazem sorrir

mas que também lhe trazem lágrimas. 


Viver em silêncio,

Distante do toque

Molda teu querer e não querer.

Teu coração ao mesmo tempo

que abriga o mundo tenta abrigar

a si em uma discussão homérica de

imagem e essência.


Isto é somente a representação

de alguém cansado de esperar?


Olhar para os Céus em suplica,

muitas vezes revela o desejo mais intimo

humano, Amar.


Tuas verdades ficam expostas,

Mas não ficam explicitas,

Elas habitam as entrelinhas,

E tudo é tão sutil como

Uma brisa que anuncia a chuva.


Profetize ao vento teus desejos.

Que a resposta vem em furor de

verdades. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário