Tu olhas no espelho
Como quem reconhece a imagem que vê,
mas ao mesmo tempo renega o próprio reflexo,
E vive cultivando memórias,
Que lhe fazem sorrir
mas que também lhe trazem lágrimas.
Viver em silêncio,
Distante do toque
Molda teu querer e não querer.
Teu coração ao mesmo tempo
que abriga o mundo tenta abrigar
a si em uma discussão homérica de
imagem e essência.
Isto é somente a representação
de alguém cansado de esperar?
Olhar para os Céus em suplica,
muitas vezes revela o desejo mais intimo
humano, Amar.
Tuas verdades ficam expostas,
Mas não ficam explicitas,
Elas habitam as entrelinhas,
E tudo é tão sutil como
Uma brisa que anuncia a chuva.
Profetize ao vento teus desejos.
Que a resposta vem em furor de
verdades.
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