[...]
“A maneira como você transpõem
palavras congelam o tempo e eu estou aqui sentada nesse sofá e te observando
extasiada, "como você é linda!" E não se trata do que os meus olhos
veem é muito além disso. Eu estou marcando seus movimentos em silêncio,
gravando seus passos, a forma como você traga o cigarro e libera a fumaça como
se através da janela do apartamento, ela fosse encontrar o mar. Observo o seu
cuidado com os detalhes, como cada uma das coisas foram matematicamente
calculadas para que aquele momento entre nós fosse único. A meia luz estampando
a sombra dos livros na parede, o vinho de graduação alcoólica ideal o bastante
para nos deixar soltas, mas não embriagadas. "como você me cativa a ponto
de me deixar vulnerável!" Não tenho tanta certeza se gosto de ser
vulnerável assim, mas no fundo tudo isso é medo. Medo de que você me roube e
não devolva mais ao mundo, medo de que você seja gentil
demais, cafajeste demais, sincera demais. Mas ao mesmo tempo algo
sobre você me traz uma paz e uma vontade de vencer o mundo
gigantesca. Como volto para o agora se a mente e o coração de dividem,
entre a realidade e a fantasia? Me responde como esquecer? Como soltar os pés?
Como se libertar? Se eu não posso esquecer do olhar, de como sua pele é macia,
de como seu cabelo cai no rosto toda vez que fala, não sai da minha mente o movimento
que seu rosto faz toda vez que sorri e a forma como ele revela a beleza das
suas covinhas. Eu passaria horas viajando no seu mundo e em todos os relatos,
do quanto sua vida até hoje foi abençoada. Eu daria minha vida toda a você!
Todos os meus medos para você zelar, jogaria na mesa todos os meus
planos de futuro, para que nossas histórias pudessem se complementar, daria a
você o meu sobrenome, minha aposentadoria, todas as minhas lagrimas e meus
melhores sorrisos, faria serenatas inesperadas e te juro não haveria um
dia sequer que eu não lhe daria bom dia sem lhe chamar de Princesa,
você restabelece toda a minha fé na vida e principalmente minha fé no
amor, tudo isso pode ser muito maior."
[...]
Não deseje jamais sair.