segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Capitulo X - Ensaios sobre a Nitidez

Desta vez, não escreverei como se este fosse somente um retrato aleatório de alguma experiência de um estranho. Este é um sincero retrato meu, do cotidiano caótico em que estamos inseridos. Todos os dias acordo com meu radio relógio relatando alguma tragédia noturna, fulano foi achado morto no bairro do Judas, Siclana foi presa por trafego de balas (sim ela tentou atirar em policiais) ou mesmo me deparo com experiências do meu cotidiano que deveras são trágicas.  Há anos tento entender qual é o grande problema desse mundo, do mundo em que eu cresci, porque por mais que seja o mesmo planeta em que meus avós e pais nasceram o dia a dia me mostram que são realidades totalmente diferentes, porque disto? O que mudou tanto em 20 anos?  O que me vem à cabeça é somente uma palavra. Respeito. O ser humano perdeu o respeito. E não somente pelos outros, mas mesmo por si o que torna as coisas muito piores.  Porque parar de olhar para si e não respeitar os próprios desejos nos torna o que? Nós não estamos mais ensaiando a cegueira já estamos cegos há muito tempo, e o pior ninguém parece ter noção disto. Fala-se em amor livre, mas isto não é amor é sexo, e isto é volúvel.  Perdemos o respeito pela amizade, perdemos a noção do que realmente significa amar alguém independente do laço entre as pessoas.  É nítido o porquê nenhuma relação dura mais do que uma noite neste mundo, a idéia que amor não é renuncia e sim respeito, se perdeu. Não se permanece fiel a alguém porque você estará renunciando das inúmeras opções que o mundo tem e sim por respeito, respeito pelo que a outra pessoa faz com que você sinta pelo que se constrói pelo que se adapta ao se aproximar.  Pelo que é valioso de verdade, o que é duradouro. Amor e orgulho possuem sim relação um com o outro. Como se pode amar alguém que só contribui para que sua vida seja triste, para sofrer, amor não é assim. Amor não dói, não tira, não gera lagrimas a ninguém.  Isto é obsessão é medo de se estar só, de olhar para o lado e não ver ninguém mais íntimo, precisamos tanto assim de uma tampa para a panela? Ou isso é somente mais uma das mensagens subliminares que somos bombardeados todos os dias?  Uma máxima aprendi a duras penas (entende-se lagrimas) antes se estar só e disponível para alguém que verdadeiramente lhe de valor, do que presa a algo que só fará seu coração em frangalhos, porque coração é tão frágil quanto um cristal, uma vez que você o quebra, ele novamente colado não será o mesmo cristal, sentimentos modificados jamais são reconstruídos da mesma forma.  Então porque acreditar tanto nesse mundo sem respeito, sem amor? Será que ninguém vai acordar dessa maldita cegueira, e começa a ver a vida como ela realmente é?

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ensaios sobre o Celeiro

Não há novembro sem o ano que o sucede. Não existe glória sem muito suor no corpo muito menos existe a plenitude sem muita tempestade na mente. Por mais que eu tente me convencer de que devo, meus sentidos gritam chega. Chega de mentiras, chega de dor. Chega de esperar que as coisas melhorem, a vida vai ser a mesma sempre. palavras e mais palavras promeças e mais promeças furadas... Com as mesmas caras estapeando a ignorância, regurgitando a mesma baboseira corriqueira, passagem, só estou de passagem, assim como é o oxigênio se extinguindo do corpo, Célere, dolorosamente confortável, o coração o bombeia mais e mais freqüente tentando permanecer em consciência,  conciencia para que? há muito mais felicidade em uma realidade paralela. Qual o sentido de continuar aqui ? Pra que continuar? Se a mente ta envenenada. envenenada de ódio, de angustia, de rancor. Se envenenou de gente estupida, de coisas levianas, exasperadas, de mentiras, em gente que se julga superior a outro alguem, quando na realidade não existe tal coisa. Algo se aprende nesta vida, fruto podre só dá fruta bom em outra vida.